Evaldo Balbino
O poema existe
pra que eu fale nesta noite
e sinta o barulho do silêncio
modelar a poesia que me vem.
Tenho como posses
insolúveis dúvidas:
esta forma, teus braços inatingíveis
e uma voz que fala em vão.
Meu amor, se é que existe,
não caminha pelas ruas de meu sonho;
e eu vou escrevendo,
me fazendo sorriso,
pose para um retrato em moldura de pedra,
em que o tempo não possa me destruir.
(BALBINO,
Evaldo. Filhos da pedra. São Paulo: Nelpa, 2012. p. 25)
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