1. Moinho. Belo Horizonte: Scriptum, 2006.
104 p. (poemas)
indisponível em estoque
3º lugar no Concurso Edital Estímulo às Artes,
Auxílio Edição – Literatura 2005 – Associação Pró-Cultura Palácio das
Artes-APPA / Suplemento Literário de Minas Gerais – Belo Horizonte – Minas
Gerais.
Com o título de Moinho, este conjunto poético foi premiado com o terceiro lugar no
Concurso Edital Estímulo às Artes – Literatura 2005, promovido pelo Suplemento
Literário de Minas Gerais em parceria com a Fundação Clóvis Salgado. O poeta
Evaldo Balbino, doutor em literatura comparada, apresenta-se aos leitores em
sua primeira incursão artística, com uma poesia firme e que diz o que nela se
faz trânsito através dos espaços da memória e da ruína. Por meio de uma
linguagem limpa e de caráter simbólico, dá-se a perceber o sujeito ficcional,
consciente de sua condição fragmentada na duração da existência. É por meio do
movimento de lucidez que a voz poética nos inicia em um universo tipicamente
rural em “Nascente”. Aqui, o tempo parece perder-se no ir e vir das cenas
cotidianas, impulsionando o eu para outro espaço, “Ruínas ao sol”. Neste novo
lugar, instaura-se uma fissura no eu, algo irreversível em sua beleza
aterradora, gerando um saber: “uma pedra sobre águas que o tempo não para”. É
no vislumbrar a dança de uma pedra sobre o movimento das águas que a poesia de
Balbino se encaminha para o próximo plano, o “Mar”. Neste lugar, “As vozes se
misturam, se abraçam, se atracam”, deixando aflorar uma vitalidade emblemática,
enigmática, que tanto demonstra uma necessidade de uma realização transcendente
quanto de uma atualização terrena. Isso em consonância com o imaginário urbano
de um Rio de Janeiro singular, metrópole-mar, alegoria que arrebata e impele a
criação dessa escrita para um desfecho em retalhos, em “Cimento Assovio” (última
parte do livro de poemas), “deslizando serpentinamente e à deriva” para uma
possibilidade elíptica de se atirar sobre si mesmo. O discurso poético afirma
outro modo de se estar aí, uma maneira de caminhar ousada, sem perder as
referências já experimentadas. Essa a bela e firme estreia poética de Evaldo
Balbino. (Rogério Barbosa / Wagner Moreira)
2. Móbiles de areia. Resende Costa: Amirco,
2012. 156 p. (crônicas)
disponível em estoque - para comprar, entre em contato com o autor: evaldo_balbino@yahoo.com.br
Edição feita pelo Fundo Estadual de Cultura (FEC) da
Governo do Estado de Minas Gerais.
Móbiles de areia é
o livro de estreia do poeta Evaldo Balbino no universo da prosa, mais
precisamente no território da crônica. Compõe-se de 33 crônicas que revelam uma
forte simbologia, cristalizando a presença do sagrado e da memória na sua
produção literária. Para o autor, “falar é lutar contra a morte”. Ávido por
palavras, Evaldo Balbino verbaliza com maestria sua experiência de ser e de
estar no mundo e no tempo. As suas crônicas são tecidas em uma refinada prosa
poética, atravessadas pela humildade e permeadas por imagens, lugares da
memória e objetos biográficos. Por meio da geografia desnorteada do
menino-adulto, uma pequena cidade que não mais existe, mas que resiste pelos
corredores de pedras invencíveis, eterniza-se, como nas Memórias de Antônio de
Lara Resende. O livro nos proporciona uma incursão pelo universo linguístico
desse menino que, mesmo não as lendo, comia as palavras que foram ruminadas e
transformadas em vício pelo adulto que dialoga com os seus poetas, escritores e
filósofos e com os leitores. Ao falar do local, o cronista atinge o universal
sem fazer do exercício literário a mera aplicação da teoria. Na faina do ofício
poético, em que ler e escrever se misturam, Balbino extrai a matéria para as
suas crônica do cotidiano, das lembranças e das leituras de Platão, Santo
Agostinho, Nietzsche, Safo, Luís de Camões, Olavo Bilac, Manuel Bandeira,
Adélia Prado, Carlos Drummond de Andrade, Clarice Lispector, Rubem Braga,
Manuel Bandeira, Octavio Paz, Julio Verne, Francesco Alberoni, Antonio Machado,
Virginia Woolf, Monteiro Lobato, João Cabral de Melo Neto e tantos outros. O
escritor também dá lugar ao mistério, ao humor e à recriação de um passado
próprio e alheio. A última crônica, “Ao rés-do-chão”, como um epílogo, revolve
a primeira e reforça a essência que permeia todo o livro: a palavra em estado
poético, o barro enquanto origem, a humildade, a memória, o medo, o tempo, a
morte, o sagrado, os desejos, as multiplicidades dos seres. (Elaine Martins)
3. Filhos da pedra. São Paulo: Nelpa, 2012.
162 p. (poemas)
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Menção Honrosa no Prêmio Eugênio Coimbra de poesia
Cidade do Recife 2000, Secretaria de Cultura, Turismo e Esportes / Prefeitura
da Cidade do Recife, Pernambuco.
Premiado em Recife no ano de 2000, Filhos da pedra é livro em que se
apresentam diálogos com as obras de Carlos Drummond de Andrade, Adélia Prado,
autores bíblicos, Cora Coralina, Baudelaire, Vinicius de Moraes, Walter
Benjamin, Paul Klee, Cesário Verde, Paulo Leminski, Gonçalves Dias, Rainer
Maria Rilke, Fernando Paixão, Henriqueta Lisboa, Cecília Meireles, Cláudio
Manuel da Costa, Rubem Alves, Casimiro de Abreu, João Cabral de Melo Neto,
Tomás Antônio Gonzaga e Manuel Bandeira. Alguns de seus poemas foram premiados
à parte. Esse é o caso de “Retrato”, que recebeu o Troféu Florbela Espanca de
Poesia, e de “Renúncia”, galardoado com Menção Honrosa no X Concurso de Poesia
Raul de Leoni (Academia Petropolitana de Poesia Raul de Leoni, RJ). São textos
que se constroem numa diversidade vocal e lírica, onde métrica e rimas convivem
com versos brancos e livres. As imagens poéticas levantam reflexões sobre o
fazer da poesia, sobre o mundo e o trânsito dos seres, sobre os seres em suas
complexidades e fragmentações, sobre o amor como elemento poroso do ser humano.
Memória, infância, Deus e o sagrado, amor, morte, cotidiano, questões sociais,
poesia – tudo comparece nos poemas que insistem em se fazer para que a vida
aconteça, mesmo que às vezes apenas através da linguagem. Talvez seja o tempo o
grande tema da obra – o tempo inexorável se aproximando da imagem da pedra. O
pétreo, o difícil, o incomunicável, o sem sentimentos convivem com o móvel, a
comunicabilidade através dos versos, os sentimentos transformados em poesia. Os
versos e os seres de que se falam são todos de fato “filhos da pedra”, uma
pedra porosa e ao mesmo tempo fechada em si mesma.
4. Amores oblíquos. Rio de Janeiro: 7
Letras, 2013. 110 p. (contos)
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Prêmio Nacional Braskem da Academia de Letras da
Bahia – conto – Academia de Letras da Salvador – Bahia.
Prêmio Humberto de Campos do Concurso Internacional
de Literatura da União Brasileira de Escritores do Rio de Janeiro em 2014.
Neste livro de contos, Evaldo Balbino aposta no
conto como suporte da experiência vital dos afetos. Para o autor, narrar é uma
forma de sobreviver. Quem não narra, esquece; não se revela, não realiza os
amores e os desejos. Os narradores e as personagens mostram-se dispostos a amar
e ser amados, mas nem por isso são felizes. Os percalços, os desencontros e as
limitações tolhem o seu potencial, inviabilizando sua realização completa. O
conto de abertura é a história de uma perda, o que paradoxalmente significa um
ganho de experiência. Do esboço, lavrado no diário, a vida evolui para as
páginas da ficção. O narrador do conto “O jardineiro” afirma que: “Esquecer é
horrível. (…) Esquecer me desaquece, é como estar ausente da vida”. O antídoto
disso é recordar, é trazer as vivências de volta ao coração, senti-las com o
distanciamento do tempo e a medida da maturidade. São 12 contos vazados em
linguagem enxuta, cujo processo narrativo se constitui com leveza e lirismo, em
fluxos soltos e suaves. Narradores e personagens falam de seus amores:
sentidos, vislumbrados, irrealizados, constituídos e vivenciados de forma
oblíqua. Os enredos envolvem situações psicológicas, revelações, descobertas e
sentimentos. São narrativas que revelam incompreensões, impossibilidades e
barreiras, sem abdicarem de um certo ar de mistério. No conto “A espera” o
narrador questiona: “O que é o homem senão o extremo da opacidade, uma vez que
águas transparentes existem apenas dentro de nós?” A indagação é instigante e
flui com uma cadência de conversa amena, cheia de sutilezas e tonalidades
machadianas. O conto dialoga com a trama de “Missa do galo”. E nos apresenta
uma mulher de nome emblemático, e relegada pelo marido, que nos sugere uma
Conceição contemporânea. Noutro conto as sugestões da atração homoerótica fluem
com sutileza e insinuações. “Sempre quis tocá-lo e nunca consegui.” E a
explosão ao final é o sugestivo epílogo de amores proibidos e da ironia das
impossibilidades. Já o conto “O relógio” destaca-se pela atmosfera de choque da
família, diante da verdadeira identidade do filho mais novo. De fato, estes
contos são rituais de passagem e de rememoração. Os narradores buscam na
memória as vivências e as ressonâncias de seus afetos. São tramas e dramas da
vida cotidiana, mas que surpreendem o leitor com suas fortes revelações.
(Aleilton Fonseca)
5. Os fios de Ícaro. São Paulo: Saraiva,
2015. 240 p. (romance)
disponível em estoque - para comprar, entre em contato com o autor: evaldo_balbino@yahoo.com.br
3º lugar no Prêmio Saraiva de Literatura e Música em
2014 – Categoria Romance Adulto
Antes, no Brasil, sentado à mesa do bar Boêmios.
Agora, muitos anos depois, vivendo no frio exílio de um apartamento
estrangeiro. Nesses dois momentos, um jornalista dá vida a seu passado,
colocando no papel as memórias de uma longa jornada, na tentativa de
eternizá-las para que não se esvaiam por completo. A caneta é movida a emoções
intensificadas pelo álcool e pela vida. Lembranças labirínticas, tendo como
eixo o ano de 1978, emergem em um cenário onde a fantasia se mescla à realidade
brasileira e mundial. Mergulhado no universo do subconsciente, pouco a
pouco o jornalista assume uma linguagem mais erótica, permeada por tons
místicos cabíveis à narração de sua vida. Na busca por si mesmo, ele tece os
fios da escrita em um arranjo de palavras que anseiam por se desvencilhar tanto
dos limites da informação em um país tomado por um regime ditatorial como dos
limites impostos pelas circunstâncias da vida. A voz narrativa enfrenta restrições
a toda e qualquer manifestação intelectual, crítica e identitária,
arriscando-se a encontrar, sob o manto da memória, um meio de denunciar,
construir, inventar e reinventar os passados, próprios e alheios, individuais e
sociais.
6. Apesar das coisas ásperas. Rio de
Janeiro: 7 Letras, 2016. 125 p. (crônicas) - Selo Imprimatur
indisponível em estoque
A crônica é um gênero nascido na efemeridade das
páginas dos jornais que eventualmente alcançou a eternidade do livro. Evaldo
Balbino o explora com grande talento, aproveitando-se da sua sensibilidade de
poeta e do olhar agudo sobre as coisas miúdas (ásperas ou não) ao seu redor.
Nas páginas de Apesar das coisas ásperas, o leitor viajará por memórias de
infância, questões sociais e muita literatura. Fica a dica de Gerana Damulakis:
“Aproveite a beleza do livro linha por linha para responder à pergunta de
Drummond: ‘Como (...) // suportar a semelhança das coisas ásperas/ de amanhã
com as coisas ásperas de hoje?’.”
6. Fantasma de Joana d'Arc. Rio de Janeiro: 7 Letras, 2017. 144 p. (poesia)
disponível em estoque - para comprar, entre em contato com o autor: evaldo_balbino@yahoo.com.br
Fantasma de Joana d’Arc é o terceiro livro de poesias de Evaldo Balbino e sétimo de sua produção.
Estudioso da poesia mística, com dissertação de mestrado e tese de doutorado
sobre Adélia Prado e Santa Teresa d’Ávila, Evaldo Balbino – professor de
Português da Universidade Federal de Minas Gerais – reinscreve nessa obra, mais
do que nos dois livros de poesia anteriores, um discurso poético sobre o
sagrado/profano num viés místico-erótico e místico-homoerótico. Toma-se, ao
longo do livro, a figura histórico-mítica de Joana d’Arc para a construção de
poemas místico-eróticos, nos quais vozes poéticas femininas/masculinas misturam
o sagrado e o profano. Desse modo, comparecem no livro Fantasma de
Joana d’Arc, entre outras temáticas: uma discussão poética sobre a alma
humana e sobre as reverberações da vida nessa alma; os tabus e as repressões
que, na cultura geral e religiosa, recaem sobre o humano; metalinguagem que
reitera um fazer literário investido do sagrado e da labuta com as palavras;
discursos de libertação do ser, em sua nudez e inteireza corporal/espiritual.
2.
Livros de crítica literária
1. Literaturas ibero-afro-americanas –
ensaios críticos. Goiás: PUC – Goiás, 2010. 288 p. (crítica literária em
coautoria e organização com Fernando Ferreira da Cunha Neto e João Batista
Cardoso)
Os ensaios organizados pelos Doutores Evaldo Balbino
(UFMG), João Batista Cardoso (UFG) e Fernando Ferreira da Cunha Neto (UFMG)
versam sobre obras escritas em meios sócio-histórico-culturais diversificados. Essas
obras encenam vozes, personagens, locais e eventos, os quais nos possibilitam
entrever algumas das formas como os homens vêm concebendo a si mesmos e os
“artefatos” culturais que os cercam. As análises tecidas nos fazem vislumbrar
algumas linhagens que, ao longo de séculos e até mesmo milênios, vieram a consubstanciar
muito de nosso imaginário.
3. Livro
didático
1. Literatura
Brasileira. Belo Horizonte: Editora Educacional, 2012. 156 p. (Livro
didático para Ensino Médio em coautoria com Maria Lúcia de Oliveira e Regina
Lúcia Péret Dell’isola)
Livro destinado a alunos do Terceiro Ano do Ensino Médio, oferecendo um panorama da literatura brasileira, com questões de vestibulares e do Enem, com o objetivo de preparar os estudantes para o processo seletivo de acesso às universidade brasileiras.
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